quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Jesus divino e histórico.

SÍNTESE DE LEITURA – Estevão Barros


Texto: A Guisa de Introdução – Willian Loewe p. 5-20


O autor trabalha em seu texto os acontecimentos iniciados a partir da década de cinqüenta (1951), a cristologia tomou uma nova forma de ser. O autor expõe o objetivo em explicar o processo de investigação sobre o tema.

As suas idéias estão baseadas em duas abordagens. A primeira, a “baixa, ascendente”.

Neste campo estabelece a figura de Jesus como o Messias ou como o Cristo (O Ungido) em duas visões: a de um Jesus histórico e outra visão o da dimensão religiosa, que vê Jesus, como o Cristo, apesar de um grande número dos chamados cristãos não saberem o verdadeiro significado desta palavra. O Cristo passa então a ter um significado religiosopara o homem Jesus. Com base nesta afirmação, questiona o significado de tal expressãonos dias atuais. A “baixa, ascendente” parte do homem para a figura religiosa de Jesus.

A segunda abordagem é a “alta, descendente”. Partindo do texto de João no seucapítulo primeiro, mostra um Jesus divino e que se torna carne. Desde o primeiro Concílio, o de Nicéia em 325, o tema sobre a divindade de Jesus é motivo de discussões e de interpretações diversas. As antigas escolas de Antioquia e de Alexandria, pólos teológicos da época divergiam sobre a figura de Jesus.

Enquanto Alexandria demonstrava um Cristo elevado, Antioquia fazia a defesa de um Jesus totalmente humano. O Concílio da Calcedônia fez uma junção dos pensamentos chegando a formulação de um Jesus totalmente divino e humano ao mesmo tempo.

Em 1951 - mil e quinhentos anos depois - três linhas críticas sobre as duas naturezas surgem:
1. Como um ser divino pode se tornar humano?;
2. A crítica pelo que o Concílio omitiu: a vida, morte e ressurreição de Jesus e,
3. Jesus não pode ser totalmente humano, menos no pecado.

As críticas ao pensamento antigo se devem a mudança que o cristianismo sofre, influenciado pela ciência. Quando a “ingenuidade” (antigas narrativas) encontra a ciência surge uma hermenêutica suspeita. A Bíblia (a narrativa bíblica parece algo ingênuo) diz uma coisa e a ciência outra. Quando se constrói uma dimensão entre a fé e a ciência surge uma compreensão de repensar o significado religioso de Jesus hoje.

A igreja, como comunidade de fé, está longe de se abrir para a visão de um Jesus dividido, entre um histórico e um de fé.

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