domingo, 17 de dezembro de 2017

O Ministério Pastoral: a geração de conflitos e tensões na família pastoral: uma reflexão a partir da igreja Batista. Parte III

Capítulo III - contribuições para a resolução de tensões e conflitos

“com o passar do tempo por diversos fatores, muitos (as) pastores (as) se sentem desapontados, desanimados, desmotivados...” [57]

1.  Contribuições

Nota-se a partir da pesquisa realizada diante dos poucos documentos disponíveis da denominação Batista, a total ausência de assuntos que abordem os conflitos e as tensões da família pastoral. Isto não acontece apenas nas comunidades batistas, mas em outras tradições religiosas o fenômeno se repete.
No capítulo anterior foram expostas práticas e ações geradoras de tensões e conflitos no interior da família pastoral, de um esposo ou pai atuante diante de uma comunidade batista. As práticas geradoras de tensões, porém, podem ser encontradas em partes ou no todo em qualquer outra comunidade religiosa protestante de perfil histórica. O fenômeno surge nos conflitos entre as micros-sociedades: Família e Igreja, em suas inteirações e na dificuldade em elaborar um relacionamento capaz de harmonizar os interesses.

Diante deste quadro surge a questão: quais contribuições poderiam ser dadas diante de um quadro de tensões e conflitos justamente na casa daquele que é anunciador de esperança, de vida, de fé, perdão, paz, justiça, salvação e transformação. Naquele homem que para muitos pode muito contribuir com a resolução de seus próprios conflitos familiares?

A dificuldade é que as tensões e conflitos apresentados no capítulo anterior estiveram sempre presentes, de diferentes maneiras e intensidades, na vida de famílias tidas como exemplares para muitos membros da comunidade, que procuram nela modelos, se bem que nem sempre são seguidos.

Assim neste capítulo se apontam contribuições que possam auxiliar em prever, perceber, rever as ações individuais ou coletivas que determinam práticas causadoras de conflitos entre as micro-sociedades:

              1.1 A Igreja Batista

É inegável que a Igreja Batista têm, assim como outras denominações protestantes passado por profundas transformações: sejam culturais, sociais, e mesmo religiosa. Por mais que a comunidade mantenha sua postura conservacionista, a Igreja tem sofrido uma forte pressão da sociedade há alguns anos. Em um mundo globalizado, poucos são os que conseguem manter-se isentos de influências e transformações. Dentro desta perspectiva, é importante que a Igreja entenda que as famílias em geral, e a pastoral em particular, a casa do pastor não mantém um mesmo padrão, ou estereótipo do passado. Ela sofre influência como qualquer outra instituição. Para muitos, permitir que a Igreja seja influenciada pela sociedade, é conduzi-la a uma secularização cujo resultado final é a perda sua identidade, no caso, a Batista.

A Igreja, portanto, deve estar preparada para lidar com o diferente. Novas práticas, ações, pensamentos, interpretações que não existiam ou que são transformadas pela dinâmica da vida, com e neste mundo de grandes mudanças e transformações. Aprender que as transformações, em seus mais diversos sentidos são por diversas vezes necessárias, e nem sempre negativas. Mesmo diante do desafio em que não há unidade de pensamentos, nem mesmo a forma de agir dos batistas. A diferença é perceber que na diversidade todos podem aprender.

                   1.2 Família

Outro agravante existente está na perspectiva em que os pastores tendem a não perceberem que suas próprias casas, e famílias são focos de tensão. Gary R. Collins[58] afirma que os conflitos familiares é um problema quase universal. Famílias problemáticas podem ser encontradas nas casas dos membros das comunidades, nas casas de pessoas não evangélicas, seja de qual expressão religiosa for, e de qualquer parte do mundo. A idéia falsa, de que a casa pastoral está isenta de problemas é uma distorção da visão familiar que as comunidades possuem. Preocupam-se apenas com seus próprios problemas. Tal formulação aponta a não percepção com a realidade, as estruturas da sociedade refletem sobre a família e o inverso é verdadeiro[59]. As famílias mais influentes na vida pública procuram exercer este poder também nas comunidades, assim como patrões. É por estas razões que a opressão causada a partir da comunidade batista se faz presente, impondo-se sobre a família do pastor. Exigindo dela a perfeição, um exemplo admirável, um modelo a ser seguido, porém nem sempre imitável em suas práticas com o próximo.

Manter uma relação saudável com a família exige do líder estar atento para diversos tipos de necessidades que, individualmente, cada família mantém. Estar atento não resolve o problema por si mesmo. Estar alerta para o problema significa a necessidade em adquirir conhecimentos e fundamentar práticas que permitam suprimir eficazmente as necessidades humanas, e em particular na sua própria família. Collins[60] cita que os esforços mútuos como disposição para transigir, e a experiência de aprender são meios que podem muito ajudar o casal a aprender com suas próprias lutas e dificuldades. Collins[61] sinalizando diversas maneiras em se manter o relacionamento familiar sadio, propõe que a comunicação seja utilizada na busca de solução para os conflitos como algo necessário. Pode colaborar, e é possível a não resolução definitiva de conflitos.

Entender que a família é um conjunto de subsistemas: o casal, os filhos, os pais se relacionam dentro de espaços limites, também denominados fronteiras[62] que envolvem e dividem as relações baseados em regras que definem até onde quem pode ser incluído ou excluído. O pastor pode inconscientemente impor fronteiras a sua família ou a própria comunidade pode fazê-lo. Nesse sentido a construção de limites que colabora para o desenvolvimento de cada subsistema se desenvolve e se harmoniza. Poderia considerar em estabelecer fronteiras não demasiadamente extensas e nem justas onde cada subsistema invade constantemente o outro.

                   1.3 A Vocação Pastoral

Antônio Carlos Santos afirma que o pastor consagrado normalmente sabe comportar-se dignamente no exercício de sua nobre missão[63].

Destacar a aprovação do pastor a partir de sua relação familiar será o foco, neste momento. Da aparência para a convivência, da teoria a práxis pode haver uma considerável divergência.  Ser obreiro aprovado por Deus (II Tm 2.15) tem um duplo sentido. Ser aprovado por Deus, significa antes, ser aprovado na práxis, e nas mais diversas relações humanas. Como as relações são diversas e se dão em vários níveis, e de formas variadas, diante de tantas possibilidades, seria impossível esgotar o assunto nesta obra.

Ser aprovado por Deus inclui ser um bom e justo pai, e esposo (I Tm 3.1-11, Tt 1.6). Isto significa que o pai pastor e esposo pastor têm sérios deveres com sua família (I Tm 3.4). Antes mesmo de estar preparado para cuidar da comunidade, deve cuidar dos seus familiares. Não apenas de forma preventiva, mas também na manutenção de uma relação familiar estável, para que se tornem referência, não só diante da micro-comunidade, mas na macro-sociedade, como seres influentes.

Discutir a questão do público e do privado na vida da família pastoral é um desafio. Há um entendimento que o público se refere ao dever do cidadão, enquanto seu direito se exerce na sua privacidade. A vida privada do pastor e dos seus não é levada muito a sério. Há uma forte tendência de fazer do privado o público - apesar de que na sociedade urbana existia uma forte distinção entre a vida privada e a vida pública - Não porque o público invade o privado, mas que o privado não existe. A inter-relação entre o público e o privado no exercício do pastorado, devido a sua forma de ser e existir é um fato, mas a tendência é não manter um equilíbrio sadio para as inter-relações sistêmicas. Davi Merkh define este tipo de ação, o público invadindo o privado como “vida de aquário”. [64] O pastor deve proporcionar a sua família condições de poder ser simplesmente família, apesar de suas importantes contribuições.

Outra contribuição possível é atribuir uma condição, normalmente não aceitável, em que o Ministério seja considerado uma profissão, apesar do princípio da vocação. Quase todo profissional, sofre com os desafios da profissão escolhida. O exercício do ministério também os tem. A diferença está em que, a demais famílias, salvo exceções, não participa diretamente da profissão do pai, seja ele engenheiro, motorista, gari, e outras profissões. A formulação da profissionalização permitiria a família do pastor uma maior isenção em relação ao pastorado do pai pastor e do esposo pastor. O ministério como profissão permite uma relação mais saudável com os vários papéis que uma pessoa vocacionada para o ministério para o ministério pastoral tem além de ser pai, irmão, marido, dentre outros, sem que a comunidade direcione a relação intra-familiar do pastor.

A família necessita de tanta atenção e cuidado assim como a Igreja de Deus[65]. Esta afirmação de Barrientos surge como um desafio para o pastor e a comunidade. O micro-cosmo denominado família pastoral tem suas necessidades que devem ser supridas pelo pai, em suas diferentes relações[66] de provedor, pai, esposo, juiz, sacerdote e professor. 

                 1.4 A Esposa

O pastor deve estar atento às necessidades familiares “é de suma importância que o pastor tenha tempo para a sua família, principalmente para sua esposa, para que em meio a tantas dificuldades, como já citado anteriormente, a esposa não venha a ter a pior delas, que é a ausência do esposo”. [67] 

Continuando sua reflexão, De Paula faz a seguinte consideração:

“Porque o pastor não pode vendar seus olhos diante da realidade que cerca sua esposa, suas tensões, dificuldades, expectativas e necessidades. Ao dar atenção às necessidades da esposa o pastor poderá evitar momentos difíceis de crise familiar”. [68]

Diante de tantas mudanças e possibilidades tornar-se difícil estabelecer o real papel da esposa do pastor. Como vimos anteriormente à mulher ocupa cada vez mais espaço, e poder de influenciar a sociedade. Como a esposa do pastor está inserida socialmente isto a desafia. Não somente a ela, mas ao esposo pastor, e a comunidade, que não está por diversas vezes preparada para lidar com o diferente e com o atual. Portanto, o desafio está posto para todos.

A mulher pode agora escolher. Como anteriormente mencionado, sua importância cresce nesta nova forma de ser da sociedade. A mulher é sujeito de direitos. Assim as relações não devem ser mais impostas, mas negociadas entre os envolvidos, sem contudo haver imposições que não respeitem o indivíduo, e suas escolhas. Toda ação causa invariavelmente uma reação, por esta razão as relações humanas devem estar baseadas em entendimentos capazes de solidificar mutuamente os envolvidos, por mais divergente que seja o assunto tratado.

Já Merkh concede as seguintes contribuições à forma de agir da esposa do pastor[69]:

a.       “Desenvolva uma rede de relacionamentos com outras esposas de ministros.
b.      Na medida do possível, participe de retiros e congressos para ministros e suas famílias.
c.       Procure uma senhora de dentro ou fora de sua congregação com que você pode abrir seu coração sem medo de traição e fofoca.
d.      Desenvolva pelo menos uma amizade forte com alguém de confiança dentro ou fora do seu ministério.
e.       Continue crescendo como pessoa, especialmente no sentido espiritual; acompanhe o progresso de seu marido (cursos, fitas, leitura, etc).
f.       Cultive sua amizade com seu marido.
g.       Participe com seu marido, tanto quanto possível,no ministério dele, sem prejudicar o bom andamento do seu lar.
h.      Não permita que o “temor dos homens” (Pv. 29.25) determine o que você fará ou não fará no seu ministério. Não basear sua vida na opinião ou nas expectativas dos outros!
i.        Não viva na sombra de outras esposas; seja quem você é.
j.        Eduque a congregação sobre o papel da esposa do ministro”.

As sugestões proposta pelo autor demonstra que a esposa deva se libertar de paradigmas e ser capaz de estabelecer uma rede de relacionamentos capazes de lhe dar subsídios necessários para a interiorizar e objetivar seus demais relacionamentos junto a comunidade e seu esposo pastor.

                 1.5 As Relações

1.5.1 – Sexualidade

A manutenção do casamento se baseia no relacionamento dialogado entre a esposa e o esposo pastor. Nisto consiste a possível ausência de possibilidades que possam trair a confiança entre ambos.

O ministério exige que o pastor esteja à disposição de todos. Isto inclui tanto homens como mulheres. O pastor e a esposa devem aprender a lidar com esta realidade com maturidade. Neste tipo de proceder não há espaço para emoções de desconfiança ou de ciúmes. O pastor deve zelar pela manutenção da vida. Seja do seu povo, seja deste mundo. Sua esposa deve entender que seu esposo é um agente de Deus, colocado para servir aquele/a que dele necessita.

Se um cuidado deve ser estabelecido, ele está na construção da relação entre o esposo e a esposa e não deve envolver a comunidade, nem os filhos. Manterem-se satisfeitos com suas necessidades físicas, emocionais, afetivas e sexuais é indispensável à saúde psico-físico-espiritual da família. É desejável que tanto a esposa, como o esposo, se ajudem mutuamente, respeitando a identidade de ambos. O casal pode desenvolver de forma dialogada um cotidiano de compromisso mútuo de suporte à escolha vocacional de cada um. Essa convivência será salutar para o casal, a família e também para a igreja onde ambos participam seja como pastor ou leigo/a.

 A esposa tendo segurança em relação ao seu esposo poderá ser de grande ajuda para o ministério, pois terá atenção a comunidade sem que haja distorções causadas por emoções capazes de retirar o foco de auxiliar seu esposo, seus filhos/as e sua comunidade. Semelhantemente o esposo pastor deve ser integro em sua forma de agir em relação a sua esposa, e a sua comunidade, principalmente em relação ao público feminino. É possível manter-se amável, sem contudo, dar abertura para má interpretação por parte dos membros. Isto é vocação, agir igual dentro e fora da igreja.


1.5.2 – Comunicação

Um dos melhores meios de evitar dificuldades nos relacionamentos é a comunicação. Não que isto evite dificuldades, mas é indispensável para lidar com tensões e conflitos nas relações no interior da família pastoral. Viver uma dinâmica familiar que oportunize as expressões de opinar os conflitos interiores, tristezas, frustrações de seus membros, é vital para uma comunicação sem ruídos, provenientes da comunidade. Ademais colabora na clareza do exercício de papéis na família, igreja e sociedade sem fragmentar a identidade de cada um/a.

1.5.3 – Finanças

Elizabeth Stowell Charles Gomes menciona três possibilidades neste sentido[70]: primeiro que todos os pastores sofrem dificuldades financeiras, apesar de muitas igrejas estarem a par da realidade e nada fazerem para diminuir este sofrimento. Segundo, quando se encontra pastores que exercem junto com o ministério uma profissão paralela, neste caso, segundo a autora, há possibilidade de haver negligência em alguma área da vida ministerial, além de estar sujeito a críticas da comunidade onde serve. A terceira possibilidade está no pastor dedicar-se integralmente ao ministério, enquanto sua esposa exerce uma profissão. Esta sugestão também é passível de críticas e cobranças da comunidade. Porém são maneiras que podem ser úteis para resolver os problemas financeiros da comunidade, ou diminuir a dependência financeira do Pastor em relação a sua comunidade. 

Outra possibilidade que tende a evitar ou diminuir as tensões familiares está em manter um padrão financeiro baseado em um severo controle orçamentário. Prevendo as despesas, mantendo controle da saída do dinheiro. A prática exigirá da família determinação e disciplina para não se render ao forte espírito consumista imposta pela mídia e na valorização daquele/a que tem, e não no que é. A prática poupará que a família tenha conflitos em seu interior devido ao dinheiro gasto erroneamente ou em excesso.  

1.5.4 – Organização e Tempo

Este quesito, por mais irrelevante que possa parecer, constitui uma das peças fundamentais nas relações familiares, principalmente na família pastoral. O pastor tende a encontrar tempo para quase tudo, menos para os seus. A comunidade demanda a maior parte do tempo do pastor. É comum que o pastor esteja vinte e quatro horas do dia, sete dias da semana a disposição da comunidade.

Organizar seu tempo exige disciplina e senso de responsabilidade do pastor em cumprir seus objetivos. Utilizar o tempo de forma eficiente permite uma melhor produtividade, desafia o ministro em exercer sabedoria para cumprir com suas obrigações. Entre elas, com sua própria família: esposa e filhos/as.
                 1.6 Os Filhos

Gomes cita que os filhos de pastor não devem se sentir culpados por terem nascido em lares pastorais[71]. Tanto a comunidade como o pai pastor, devem entender que os filhos não nascem santos. Ser filho/a de cristãos não os torna cristãos. Deus não tem netos, apenas filhos/as. O desejo dos filhos/as é que possam ter um pai autêntico. Que participe de suas vidas, que os orientem em suas angústias, em direção a vida.

O pai pastor poderia ajustar-se às mudanças contínuas que a sociedade e a família sofrem diariamente. Os filhos/as estão embarcados nestas mudanças e muitas vezes ficam confusos em relação aos valores morais. Precisam de constante orientação e ajuda. Os filhos necessitam de um pai que interceda pelos seus filhos em constante oração, de um pai que constantemente esteja orientando e de um pai que haja com disciplina quando necessário, sempre agindo na base de um amor profundo pela vida de seus filhos.

Os filhos tendem a imitar seus pais, sendo os pais ausentes, a quem imitarão? É a responsabilidade dos pais colaborarem com a elaboração das estruturas da personalidade dos filhos.


                 1.7 A Comunidade

A Igreja, na Idade Média tomou para si o controle do casamento e da vida familiar, impondo sobre ela seus conceitos de moralidade sobre a vida íntima do casal[72]. Toda comunidade, repetindo este controle, tem suas expectativas em relação à família pastoral e mais especificamente em relação ao seu pastor. Quando é criado um clima de ansiedade em relação ao que o outro pode nos fornecer há três possibilidades em relação ao retorno das expectativas: 1. que as expectativas sejam cumpridas exatamente como a imaginamos; 2. que as expectativas estejam aquém, e cause frustração, e 3. que as expectativas estejam além dos desejos e que haja o sentimento de plena satisfação. 

Não só a comunidade, como também o pastor, a esposa e os filhos criam e alimentam suas expectativas, uns em relação a outros. Esta troca contínua produz diversos sentimentos de frustração ou de plena satisfação para cada um dos indivíduos.

Todos precisam saber lidar com este tipo de situação. Aprender e crescer diante das experiências obtidas. A comunidade deve entender que a família é composta de pessoas da mesma forma que as demais. Sujeita as mesmas paixões e fragilidade de todo ser humano. Esta compreensão e aplicação são necessárias no interior da comunidade, para a manutenção da saúde das relações intra-pessoais e inter-pessoais. Este procedimento tende a manter um equilíbrio das expectativas, não as supervalorizando, mas mantendo-se em níveis aceitáveis. Para tanto é necessário um aprendizado nas relações, além de cuidado em não extrapolar a normalidade. A visão de uma Igreja com presença pública pode ser uma alternativa nas relações com a família pastoral. Quando a Igreja coloca sua visão para fora e se envolve com a sociedade que a rodeia diminui sua atenção, e consequentemente a cobrança junto à família pastoral, além de valorizar a contribuição que as famílias podem dar[73].  Até mesmo porque a própria Igreja é um grande sistema de relações. Construída a partir de subsistemas familiares, individuais e outros, formam um ecossistema de múltiplas formas. Convém lembrar que todos subsistemas são permeáveis e passíveis de limites[74]. A comunidade poderia agir em se tornar uma rede de apoio não apenas as famílias da própria comunidade, mas também para as de fora e principalmente criar formas de apoio e contribuição à família pastoral[75].

Outra necessidade da família pastoral é o respeito a sua identidade. Tanto a esposa, como os filhos possuem sua individualidade, caráter e personalidade. Possuem nomes e rostos próprios. Querem ser vistos e respeitados como seres humanos. Conhecidos não pelo seu grau de parentesco, mas porque eles são pessoas juntos a outras das comunidades. Não são especiais e nem inferiores a ninguém. Querem simplesmente ser respeitados, e manterem sua dignidade. 

                 1.8 O Pastor

John Monroe Landers menciona que o pastor batista é antes de tudo um homem[76]. Isto é lógico, porém não é esta a visão que muitas pessoas da comunidade têm de seu pastor. Alguns o têm como o Homem de Deus, outros vêem a presença de Deus através dele. Outros o ouvem como se o próprio Deus estivesse falando por ele. E há ainda aqueles que têm na pessoa do pastor um empregado sujeito ao humor da comunidade.

Em meio a todas estas expectativas que surgem na comunidade, o pastor tem que viver em e com sua família. Outros podem cuidar da comunidade onde pastoreiam, mas ninguém pode cuidar de sua família, esta não pode ser esquecida. O pastor juntamente com seu papel de pai e esposo exprimir um testemunho de cristão também na sua família.

Isto exige do mesmo cuidados específicos com sua família. Tempo é uma das necessidades familiares. Eles querem e necessitam de um tempo para eles. Querem um pai e esposo presente em suas vidas, que convive, aprende e examine-se no interior de sua família. Manter o telefone sob controle, estabelecer dias de folga e cumpri-los, passar a noite com a família – em um contexto urbano isto é quase impossível - preparar auxiliares para compartilhar parte de suas tarefas pode ajudá-lo a obter mais tempo. Não se pode esquecer das férias que podem ser úteis a todos: pastor, família e a própria comunidade. Eugene Peterson[77] chega a afirmar a necessidade de que o pastor deveria ter um ano sabático.

Estar presente na família e na igreja exigirá dele uma distinção entre o urgente e o importante. Nem sempre o urgente da comunidade deverá impor-se sobre o importante da família. A esposa e os filhos necessitam de cuidados, muitos cuidados, assim como ele mesmo. Outra contribuição está no desafio em construir fronteiras, meios de proteção aos componentes da família. Alguns utilizam o seguinte pensamento: “o pastor aqui sou eu, e não minha esposa ou minha família”. A visão de impor certo grau de profissionalismo pode ser uma maneira menos traumática em definir as linhas fronteiriças entre a comunidade e sua família[78].

Ensinar a comunidade o que é ministério é uma forma inteligente e preventiva de evitar tensões e conflitos entre a mesma e a família. Para o pastor adotar a psicossistêmica[79] de cuidado, tendo em mente uma nova construção dos micros-sistemas até o a menor das estruturas, ou seja, o indivíduo poderá ser um desafio. Contudo pode se mostrar como uma alternativa na intervenção das relações. Será necessário um entendimento amplo que ultrapasse a visão dos envolvidos. 

 A expectativa da comunidade em relação à família deve ser a mesma que a comunidade espera de si mesma. A visão sistêmica justamente defende a relação do estar juntos com a família e a família, em um processo de cooperação mútua. Em uma Igreja Batista, não há – ou pelo menos não deveria haver – divisão dos clérigos com os leigos, todos são sacerdotes diante de Deus. Da mesma forma a perspectiva sistêmica define a interconexão entre todos numa relação de reciprocidade. Exigir mais da família pastoral batista é uma distorção da teologia batista e do equilíbrio[80] dos micro-sistemas. Para tanto as relações devem dialéticas a fim de evitar a instabilidade e consequentemente conflitos.

Quando um pastor se exime de ensinar estes princípios a sua comunidade está transferindo o problema para seu sucessor. Muitos pastores não possuem esta visão, pois naturalmente não se preocupam em zelar e prevenir cuidados para sua família e comunidade.

Merkh, concede a seguintes contribuições aos pastores no diálogo com suas esposas:[81]

a.       “Reconheça as dificuldades únicas que sua esposa enfrenta e mostra simpatia e compaixão quando necessário.
b.      Cultive sua amizade com sua esposa.
c.       Demonstre que você é um homem comprometido exclusivamente à sua esposa física, emocional e espiritualmente (I Tm 3:2).
d.      Envolva sua esposa em seu ministério, sem tirá-la de seu papel como esposa e mãe.
e.       Não permita que as expectativas da congregação ditem o papel de sua esposa no ministério.
f.       Encoraje sua esposa a participar de encontros, retiros, e congresso junto com você.
g.       Encoraje sua esposa a desenvolver uma amizade profunda com pelo menos uma pessoa da idade dela.
h.      Tire um dia de folga.
i.        Reserve pelo menos duas noites por semana em casa com sua família.
j.        Participe “da vida comum do lar” junto com sua esposa, envolvendo-se na disciplina, na instrução, e no divertimento junto com seus filhos.
k.      “Desligue-se” do seu serviço quando você está em casa”.
l.        Tire férias com a família.

Gomes diz que é mais fácil um Pastor ser criticado do que imitado[82]. Este é um grande desafio para aquele que vocacionado por Deus tem de lidar com estas ambigüidades.

Conclui-se este capítulo na expectativa em fornecer pistas que colaborem na construção de uma melhor relação primeiramente dentro da própria casa pastoral: entre o pastor e sua esposa juntamente com seus filhos. Em segundo, na relação que a família conjuntamente pode se relacionar sadiamente com a comunidade onde está inserida. O desafio é múltiplo: para o pastor, para a esposa, filhos e comunidade.
Conclusão
A confecção do primeiro capítulo baseou-se em fontes primárias, utilizando documentos da Igreja Batista. No segundo capítulo utilizou-se de fontes secundárias que tratavam de algumas formas de conflitos ligados ao ministério, basicamente outras monografias. No terceiro capítulo bases teóricas foram utilizadas na busca de construção de contribuições possíveis em serem aplicadas.

Quando foi proposta a pesquisa do tema dos conflitos e tensões na família pastoral: a partir da Igreja Batista, havia uma suspeita que não haveria muito material teórico que pudessem dar contribuições para reflexão da temática. Infelizmente esta suspeita foi comprovada. Há falta de material que trate de maneira objetiva os conflitos e as tensões na casa pastoral. Por outro lado, vimos que alguns discentes desta instituição têm pesquisas sobre temas relacionados à família do/a pastor/a.

Alguns, após a leitura desta monografia terão uma visão negativa do ministério pastoral no sentido da tensão existente sobre a família: esposa, filhos e filhas. As tensões existem em todas as famílias, e os conflitos também. O que difere uma experiência de outra, é a intensidade, e a duração que estes conflitos surgem ou perdurem até que sejam resolvidos ou interiorizados.

Infelizmente há uma forte tendência em ignorar as dificuldades que a família do/a pastor/a enfrenta. Difícil saber explicar porque o assunto não é claramente discutido na formação dos novos pastores, durante seus estudos. Pastores experientes não têm dado sua contribuição tanto aos pastores, as famílias e as comunidades.  A omissão contribui com a vergonha de muitos pastores em buscar ajuda e orientação que possa colaborar com a saúde das relações familiares e com a comunidade.

Apesar da problemática, o ministério mantém sua importância na vida desta humanidade. O pastor é um dos anunciadores da graça e do amor de Deus. Em momentos que o perdão seja necessário ou na voz profética de denúncia em relação à injustiça.

Como mencionado anteriormente, todas as famílias tem momentos, curtos ou longos de conflitos. Este trabalho procurou demonstrar algumas delas, citando diversos exemplos e forma de imposição de modelo da família do pastor. Percebe-se que a comunidade detém o poder através de meios materiais, como salários, benefícios, casas pastorais e outros meios. 

O equilíbrio é fundamental para o estabelecimento sadio relacionamento entre os membros da família pastoral. Não só diante da própria família, mas da comunidade, e também consigo mesmo. Este é um desafio para o pastor e para o desenvolvimento do ministério pastoral sem extremismos.

Claro que as ações geradoras de conflitos e tensões variam de comunidade a comunidade. De denominação a denominação, de região para região, e finalmente cada casal reage de forma diferente em relação a uma mesma situação. O desafio que o tema nos deixa levanta é: como os novos pastores e suas famílias sejam privados de passarem por situações de tensões e conflitos. E incentivar que tema como este esteja presente na preparação teóricas daqueles/as que desejam exercer o ministério pastoral.

[57] DE PAULA, Clodoaldo Antônio. Ministério Pastoral: Atribuições e Tensões na Atualidade. Monografia. São Bernardo do Campo, 1998. p. 12.
[58] COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão. Trad. Neyd Siqueira. Edições Vida Nova: São Paulo, 1980. p. 146.
[59] SCHNEIDER-HARPPRECHT, Cristoph & STRECK, Valburga Schmied.. Imagens da Família: Dinâmica, Conflitos e Terapia do Processo Familiar. São Leopoldo: Sinodal, 1996. p. 149
[60] COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão. Trad. Neyd Siqueira. Edições Vida Nova: São Paulo, 1980. p. 146.
[61] Idem, p. 159.
[62] STRECK, Valburga Schmiedt. Terapia Familiar e Aconselhamento Pastoral: Uma Experiência de Famílias de Baixos Recursos. São Leopoldo: Sinodal, 1999. p. 66
[63] SANTOS, Antônio Carlos. Vocação e Ministério Pastoral. Monografia. Local: São Bernardo do Campo, 1999. p. 39
[64] MERKH, Davi. O Ministro e Sua Família. IV Seminário da Associação Auxílio às Igrejas. Serra Negra. Curso Apostilado. p. 1
[65] BARRIENTOS, Alberto. Trabalho Pastoral: Princípios e alternativas. Trad. Kedma Campos Rix. 2ª. Ed. Editora United Press, 1999. p. 61
[66] SCHNEIDER-HARPPRECHT, Cristoph & STRECK, Valburga Schmied.. Imagens da Família: Dinâmica, Conflitos e Terapia do Processo Familiar. São Leopoldo: Sinodal, 1996. p. 148
[67] DE PAULA, Clodoaldo Antônio. Ministério Pastoral: Atribuições e Tensões na Atualidade. Monografia. São Bernardo do Campo, 1998. p. 56
[68] Idem, p. 53
[69] MERKH, Davi. O Ministro e Sua Família. IV Seminário da Associação Auxílio às Igrejas. Serra Negra. Curso Apostilado. p. 15
[70] GOMES, Elizabeth Stowell Charles. A Esposa. Jaú: Refúgio, Gráfica e Editora, 1979. p. 12-13
[71] GOMES, Elizabeth Stowell Charles. A Esposa. Jaú: Refúgio, Gráfica e Editora, 1979. p. 13
[72] SCHNEIDER-HARPPRECHT, Cristoph & STRECK, Valburga SchmiedImagens da Família: Dinâmica, Conflitos e Terapia do Processo Familiar. São Leopoldo: Sinodal, 1996. p. 148
[73] SCHNEIDER-HARPPRECHT, Cristoph & STRECK, Valburga SchmiedImagens da Família: Dinâmica, Conflitos e Terapia do Processo Familiar. São Leopoldo: Sinodal, 1996. p. 151
[74] Idem, p. 154
[75] Idem, p. 166
[76] LANDERS, John Monroe. Teologia dos Princípios Batistas. 3ª.Edição. Rio de Janeiro: JUERP, 1994. p. 98
[77] PETERSON, Eugene. O Pastor Contemplativo: voltando à arte do aconselhamento espiritual. Trad. Neyd Siqueira. Rio de Janeiro: Textus, 2002 p. 168-171
[78] STRECK, Valburga Schmiedt. Terapia Familiar e Aconselhamento Pastoral: Uma Experiência de Famílias de Baixos Recursos. São Leopoldo: Sinodal, 1999. p. 118
[79] Idem p. 118 O autor cita o conceito que Larry Kent Graham a partir da perspectiva de Carl G. Jung.
[80] STRECK, Valburga Schmiedt. Terapia Familiar e Aconselhamento Pastoral: Uma Experiência de Famílias de Baixos Recursos. São Leopoldo: Sinodal, 1999. p. 118
[81] MERKH, Davi. O Ministro e Sua Família. IV Seminário da Associação Auxílio às Igrejas. Serra Negra. Curso Apostilado. p. 15

[82] GOMES, Elizabeth Stowell Charles. A Esposa. Jaú: Refúgio, Gráfica e Editora, 1979. p. 12

Referências:

               1. Bibliografias.
ADAMS, Jay E. Conselheiro capaz. Trad. Odayr Olivetti. 4a. Ed. São Paulo: Editora Fiel, 1984. 267 p.
________. O manual do conselheiro cristão. Trad. João M. Bentes. 2a. Ed. São Paulo: Editora Fiel, 1986. 432 p.
Associação Brasileira de Aconselhamento. Fundamentos Teológicos do Aconselhamento. São Leopoldo: Sinodal/IEPG, 1998. p. 5-78.
BARTH, Karl. Introdução à Teologia Evangélica. Trad. Lindolfo Weingartner. 5ª. Edição. São Leopoldo: Sinodal, 1996. 128 p.
BEACH, Raymond. Nós e nossos filhos. 4a. Editora Santo André: Casa Publicadora Brasileira, 1975. 223 p.
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SULLIVAN, Bárbara. A mulher que quero ser: o equilíbrio delicado da auto-imagem feminina.Trad. Wanda Assumpção. 2a. Ed. São Paulo: Ed. Mundo Cristão, 1988. 116 p.
WIERSBE, Warren W. A crise da identidade. Trad. Emma Anders de Souza Lima. São Paulo: Ed. Vida, 1989. 111 p.

            2. Publicações periódicas.
AGRESTE, RICARDO. Pastor & Igreja: Uma relação (conjugal) em crise. Revista Ultimato. Viçosa, Ano 37, n. 291, p. 24-26, nov/dez. 2004.
ECLÉSIA. São Paulo: Ed. Eclésia, diversos.
MARTINS, JOSÉ CÁSSIO. Pastor precisa de Pastor? Revista Ultimato. Viçosa, Ano 37, n. 291, p. 28-29, nov/dez. 2004.
MATTOS, Alderi Souza. Pastoreia minhas ovelhas: O ministério cristão em perspectiva histórica. Revista Ultimato. Viçosa, Ano 37, n. 291, p. 46-49, nov/dez. 2004.
ULTIMATO. Viçosa: Editora Ultimato, Ano 37, n. 291, nov/dez. 2004.

             3. Bíblias.
BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2 ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Edição revista e atualizada no Brasil.








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